sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O Natal e sua essência cósmica


É verão aqui no hemisfério sul. Coincidentemente é Natal também. Momento em que nos reunimos para celebrar a vida, cear, sentir a presença divina e perceber a nossa humanidade. Tradição que vem sendo transmitida geração após geração, desde tempos imemoriais, ressignificada pelo cristianismo e deturpada pelo capitalismo. Hoje em dia a relação com a natureza é coadjuvante e faz parecer insignificante o que acontece no cosmo. Simplesmente reproduz-se de maneira robotizada discursos e etiquetas. Para além disso, há a geografia e uma infinidade de signos a serem desvelados. 

É linda a mensagem de amor e fraternidade pregada pelo cristianismo, mas não podemos esquecer a que custo impôs-se essa religião no mundo ocidental: várias outras sucumbiram, foram suplantadas e/ou ignoradas. Ao resgatá-las, descobrimos o quanto elas ensinam sobre quem somos, onde estamos e pra onde vamos, falam a linguagem da natureza e reverenciam o mistério da imensidão e da nossa finitude. 

Vencemos o dia mais longo e iniciamos a jornada rumo a um novo ciclo que nos trará renovação, cura e inundará nossos corações de esperança e amor. É o momento para permitirmos os nossos sonhos fecundarem e se abastecerem dessa energia vital, mística e poderosa que nos envolve, acolhermos nossas tristezas, deixarmos as alegrias fluírem e nos conectarmos com a nossa verdadeira essência. 

Boas festas! Bom início de verão! Feliz Natal! Salve Mitra! Viva Pachamama! A-hô Guaraci! A pedra continua a girar. ❤🌞🌻🌵✨🔥🌊

Isaac Mendes


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