quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Sexta feira


Esse dia tem me abatido
Até escurecer sempre algum grilo
O dia passa em câmera lenta
O sol se inclina pela janela
E me queima a cara e não espera
Que eu feche as cortinas e diga adeus

Essa tarde é quase um castigo
Passageiros sonhando nenhum perigo
Carros correm e não chegam a lugar algum
A publicidade grita nos outdoors
Repetição enfadonha, clichê e lugar comum

E quando chega a noite
Cobrindo com seu manto escuso
Os becos e as vielas do mundo
E quando os lobos uivam
E a família se reúne na sala de estar

É que eu digo:
Venha comigo
A noite é uma criança
Nela a sorte se lança
Nela eu entro na dança
Do destino e seus caprichos

Vamos à noite, de passos soltos na rua
Sinto-me um cão sem dono
Sorrindo pra lua

Tentando encontrar minha direção

Nenhum comentário:

Postar um comentário