TERMO DE REFERÊNCIA PLANO DE MANEJO DO PARQUE DISTRITAL DE SÃO SEBASTIÃO


             

                 TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DO PARQUE DISTRITAL DE SÃO SEBASTIÃO


I.        DA IDENTIFICAÇÃO
Ação: Elaboração de Plano de Manejo
Responsável: Grupo de trabalho da frente de Aceleração dos Planos de Manejo e Gerência de Criação, Elaboração e Implantação de Planos de Manejo GECEP.


II.       DO OBJETO

Contratação de serviços especializados para elaboração de Plano de Manejo do Parque Distrital de São Sebastião.
Em cumprimento à determinação do Sistema Distrital de Unidade de Conservação (Lei complementar n° 827, de 22 de julho de 2010, art 46.) e ainda conforme decisões n° 652/2013 e n° 2523/14, do Tribunal de Contas do Distrito Federal, que determinou, a necessidade de recategorização dos Parques do DF conforme categorias do SDUC, foi instituído um Grupo de Trabalho (Instrução IBRAM n° 47, de 5 de maio de 2015), que elaborou critérios para indicação das novas categorias para cada Unidade. Este parecer foi encaminhado, através do processo nº 391.000.912/2012, para consulta e manifestação pública, e atualmente está em fase final de elaboração e publicação das minutas individuais de cada Parque.
Desta forma, este Termo de Referência apresenta a Unidade de Conservação (UC) com a nomenclatura já definida pela Comissão de Recategorização.

a)            OBJETIVO GERAL

Elaborar o Plano de Manejo do Parque Distrital de São Sebastião, com os programas, subprogramas e projetos necessários à sua implantação, assegurando a ampla participação da comunidade a fim de dotar a UC de diretrizes atualizadas para sua gestão, possibilitando que venha a atingir os objetivos para os quais foi criada, conforme Decreto nº 15.898, de 12 de setembro de 1994.

b)           OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·      Dotar a UC de diretrizes atualizadas e práticas para a gestão e manejo;
·      Estabelecer parâmetros para disciplinar o uso público, considerando as atividades existentes, a capacidade de suporte e as diretrizes indicadas no plano de manejo da APA da Bacia do Rio São Bartolomeu;
·      Propor e incentivar a recuperação da Unidade de Conservação segundo sua categoria e seus objetivos;
·      Estabelecer normas e parâmetros construtivos e urbanísticos voltados para as estruturas físicas necessárias à gestão e manejo da unidade;

·      Estabelecer normas específicas e limites para instalação de obras de infraestrutura e utilidade pública, tais como drenagem, esgotamento, iluminação pública, pavimentação, telefonia e demais equipamentos necessários;
·      Estabelecer normas específicas que regulamentem a ocupação e o uso dos recursos ambientais no entorno imediato da UC e dos conectores ecológicos (CE);
·      Promover a sensibilização dos visitantes em relação à Natureza por meio de programas de educação ambiental;
·      Elaborar cronograma físico-financeiro de gestão da unidade pelo período de 5 (cinco) anos;
·      Elaborar plano de manutenção da UC;
·      Elaborar plano de aplicação de recursos advindos das possíveis atividades realizadas na UC, tais como eventos, atividades esportivas, concessionários e permissionários.


III.       DA JUSTIFICATIVA

O Sistema Distrital de Unidades de Conservação da Natureza SDUC, estabelecido pela Lei Complementar nº 827, de 22 de julho de 2010, traz em seu artigo 11º os objetivos de um Parque Distrital conforme descrito a seguir:
Art. 11. O Parque Distrital tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Além disso, o artigo 25 da lei supracitada estabelece que as Unidades de Conservação devem dispor de um plano de manejo, abrangendo a área da UC e, quando aplicável, a zona de amortecimento e os conectores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.
O parque em questão está inserido na Zona de Preservação da Vida Silvestre da APA da Bacia do Rio São Bartolomeu, conforme Lei nº 5.344 de 19 de maio de 2014.
A UC foi contemplada na assinatura do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental nº 100.000.002/2013 relativo ao Processo de compensação ambiental nº 391.000.215/2013 cujo interessado é a ORIMI.S.A., o qual destinou o montante de R$ 2.760.000,00 (dois milhões e setecentos e sessenta mil reais) para aplicação no Parque Ecológico de São Sebastião.


IV.       ÁREA DE ESTUDO

A área de abrangência geográfica dos estudos para a elaboração do Plano de Manejo  do Parque Distrital de São Sebastião é composta pela área delimitada projeto de Urbanismo Parcelamento - URB 66/94 e respectivo Memorial Descritivo - MDE 66/94, considerando também o zoneamento da APA da Bacia do Rio São Bartolomeu e o EIA/RIMA da cidade de São

Sebastião, constante no processo nº 191.000.756/1992.


V.       ETAPAS DO TRABALHO

O Plano de Manejo deverá ser elaborado com base em informações primárias e secundárias, considerando os estudos já realizados na elaboração do plano de manejo da APA da Bacia do Rio São Bartolomeu e demais estudos e pesquisas realizadas na área. Os levantamentos primários serão apenas de assuntos específicos, definidos no tópico VI. Os trabalhos de levantamento que necessitarem de coleta de material biológico deverão atender à regulamentação vigente.
A elaboração do plano de manejo deverá seguir as seguintes etapas:

a)            Etapa 1: Planejamento;

b)           Etapa 2: Diagnóstico da Unidade de Conservação;
c)            Etapa 3: Realização das oficinas participativas e reuniões abertas;
d)           Etapa 4: Elaboração dos programas de manejo, contendo pelo menos:
1.               Programa de Comunicação e Marketing;
2.               Programa de Pesquisa e Monitoramento;
3.               Programa de Uso Público;
4.               Programa de Educação Ambiental;
5.               Programa de Consolidação Territorial;
6.               Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD);
7.               Programa de Manejo de Espécies Exóticas;
8.               Programa de Proteção e Fiscalização;
9.               Programa de Administração.

e)            Etapa 5: Elaboração do Resumo Executivo e minuta do Ato Normativo do Plano de Manejo e Zoneamento.


Será instituída Comissão de Supervisão e Acompanhamento, no âmbito do IBRAM-DF, para análise e avaliação do processo de elaboração do Plano de Manejo. Essa Comissão será responsável pela aprovação dos produtos e resultados apresentados.
A interação entre a equipe contratada e os técnicos do IBRAM-DF ocorrerá em todas as fases do trabalho, devendo ser prevista a realização de reuniões periódicas de avaliação, com o objetivo de garantir o bom desenvolvimento das atividades e a observância dos prazos.
Para a consolidação dos objetivos estipulados, deverão ser desenvolvidas as atividades descritas a seguir, que poderão ser agrupadas, desagregadas ou complementadas, em função da metodologia a ser utilizada pela contratada.

VI.       ETAPAS E PRODUTOS A SEREM ENTREGUES

a)            Etapa 1 Planejamento

Consolidar o Plano de Trabalho apresentado na proposta técnica, com etapas, atividades e tarefas de elaboração do Plano de Manejo. Atividades a serem desenvolvidas:
·         Promover reunião, com a Comissão de Supervisão e Acompanhamento (IBRAM- DF), para a elaboração do Plano de Manejo, sendo obrigatória a participação de toda a equipe contratada;
·         Definir a área de abrangência dos estudos;
·         Ajustar o Cronograma de atividades com base na organização do planejamento;
·         Definir e apresentar a Matriz de Organização do Planejamento (MOP) e cronograma físico;

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 1: Produtos do planejamento.
Produtos
Descrição




1




Plano de Trabalho
Cronograma de execução, com prazos, meios e responsáveis referentes ao objeto de trabalho, Matriz de Organização do Planejamento (MOP).
Detalhamento de metodologias, atividades técnicas e científicas a serem desenvolvidas e utilizadas na elaboração de cada produto.
Definição de indicadores de desempenho para cada atividade.
Identificação preliminar dos dados secundários a serem pesquisados.
Descrição das atividades de campo, com identificação das metodologias e resultados esperados.

b)           Etapa 2 Diagnóstico da Unidade de Conservação

O Diagnóstico da UC deverá ser elaborado por equipe multidisciplinar habilitada, responsável tecnicamente pelos estudos apresentados, acompanhados por Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), e constar no cadastro de empresas e profissionais prestadores de serviço de consultoria ambiental do IBRAM-DF, conforme Instrução no 114/2014 IBRAM-DF. Atividades a serem desenvolvidas:
·         Levantar e analisar documentos, estudos, pesquisas e publicações desenvolvidas sobre a Unidade de Conservação, nos órgãos do Governo do Distrito Federal, Universidades e junto à comunidade científica.
·         Elaborar levantamento cadastral de acordo com o Sistema Cartográfico do Distrito Federal SICAD (UTM SIRGAS 2000, Zona 23S), em escalas de análise e mapeamento variando entre 1:10.000 e 1: 2.000. Essa abordagem de multiescalas

pode ser avaliada a partir da indicação técnica de qual seria a melhor escala para cada feição a ser adquirida.
·         Realizar o reconhecimento da área para ratificar as informações, verificar as características ambientais relevantes, identificar e descrever as fragilidades, problemas e ameaças ao ambiente da UC. Consolidar as informações numa matriz SWOT espacializada, discutindo as possíveis consequências imediatas, a médio e longo prazo;
·         Utilizar, para as análises e interpretações da UC, imagens aéreas recentes, disponíveis no serviço WMS da CODEPLAN. As informações espaciais deverão ser produzidas entre as escalas 1: 10.000 e 1: 2.000, em Sistema de Projeção UTM SIRGAS 2000, Zona 23S. Complementar a classificação e interpretação da imagem com dados atualizados e colhidos, preferencialmente, no ano de realização do trabalho.
·         Caracterizar as formações geológicas, geomorfológicas, pedológicas e hidrológicas com base em estudos e levantamentos já realizados na região. As classes e atributos de mapeamento devem estar em consonância com ET-EDVG (Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais);
·         Realizar o inventário florestal, com parcelas georreferenciadas;
·         Realizar levantamento de epífitas e herbáceas;
·         Avaliar o impacto de espécies exóticas (fauna e flora) sobre a UC, indicando nos programas de manejo as ações necessárias para seu controle e erradicação;
·         Identificar as áreas prioritárias para a proteção de espécies;
·         Levantamento primário para avifauna e entomofauna. Para aprovação do plano de trabalho será necessário informar o esforço amostral e o método do levantamento para cada grupo taxonômico. Para maiores detalhes do que deverá constar no Plano de Trabalho consultar o Anexo I a este Termo de Referência;
·         Relacionar as espécies de fauna e flora e suas interações existentes nas UC, destacando-se aquelas reconhecidas como de valor especial para a conservação (endêmicas, exóticas, raras, migratórias, bioindicadoras, invasoras, espécies-chave, de importância econômica e/ou cultural, espécies novas, em perigo e/ou ameaçadas de extinção), indicando sua localização e a relação com as formações vegetais identificadas, descrevendo as características das espécies e/ou grupos registrados, com ênfase nos importantes aspectos para as ações de manejo.
·         Executar estudo de capacidade de suporte para visitação na UC, indicando locais com maiores vulnerabilidades e potencialidades de visitação;
·         Levantar o histórico do uso e ocupação da área, identificando as principais atividades econômicas desenvolvidas, as potencialidades e tendências, correlacionando-as aos problemas ambientais decorrentes, existentes e potenciais;

·         Elaborar mapa de uso e ocupação do solo da área de estudo, na escala de mapeamento entre 1:10.000 e 1:2.000;
·         Identificar as situações de conflito, existentes ou potenciais, relativas ao uso e à ocupação da área da UC;
·         Analisar as perspectivas futuras das atividades econômicas e sociais que sejam conflitantes com os propósitos de conservação, bem como a tendência de  ocupação dos espaços urbanos;
·         Identificar os grupos de interesse que possam subsidiar a gestão da Unidade e compor o Conselho Gestor da UC, como moradores, produtores, ambientalistas, ciclistas, usuários, empresas de turismo e esportes de aventura, administrações, investidores, comerciantes locais, diversas ONGs, órgãos governamentais, instituições de ensino, entre outros;
·         Detalhar as atividades das Associações, ONGs, OSCIPs e da iniciativa privada que possam apoiar a UC; descrever para cada organização as atividades que desenvolvem e sua interface com a UC (atual e potencial);
·         Identificação dos programas de educação ambiental existentes;
·         Caracterizar, de forma geral, a população do entorno da UC, considerando os setores censitários do Censo IBGE atual e Pesquisa Distrital de Amostra Domiciliar (PDAD) - CODEPLAN, em especial quanto à escolaridade, renda e longevidade, considerando os índices de desenvolvimento humano - IDH;
·         Identificar as tendências de ocupação dos espaços urbanos e de crescimento dos núcleos populacionais em direção à UC;
·         Analisar os planos, programas e projetos governamentais (sistema viário, redes de água, redes de esgoto, redes de águas pluviais, redes de energia e telefonia, e outros) existentes, bem como os empreendimentos privados que impliquem em impactos sobre a UC;
·         Relacionar e espacializar as leis federais e distritais que sejam aplicáveis à área de estudo e que possam ter desdobramentos para a mesma, principalmente o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT) e o Zoneamento Ambiental das APA da Bacia do Rio São Bartolomeu, em formato ePing com respectivos metadados;
·         Realizar o levantamento dos aspectos institucionais e das atividades desenvolvidas na UC, contendo informações sobre:
a.       Infraestrutura física, tais como: edificações, mobiliários (bancos, mesas, sinalização), infraestrutura (ponto de ônibus, sanitários, vias, trilhas, iluminação pública, saneamento, acessibilidade), serviços (transporte, alimentação, comércio de apoio, turismo), dentro e no entorno da UC, entre outras estruturas. Mapear as trilhas e acessos existentes,

indicando a metragem, grau de dificuldade e se possuem acessibilidade;
b.       Recursos humanos disponíveis ou necessários tais como: vigilância, limpeza, servidores, prestadores de serviços e demais atuantes na UC,
c.        Possibilidade de envolvimento da população local nas atividades e serviços para visitação, recreação e lazer, pesquisa e educação ambiental.
d.       Organograma e a disponibilidade de recursos humanos para gerenciar a UC, citando número, capacitação, idade, tempo de serviço, cargo, função e nível de qualificação.
·         Realizar diagnóstico da ocorrência de acidentes com frequentadores da área e de outros atrativos da região e mapear as áreas de risco;
·         Realizar diagnóstico de segurança pública, contendo estatísticas criminais, entrevistas com servidores que trabalham na área e avaliação dos freqüentadores do parque;
·         Localizar e georreferenciar em mapa as áreas de risco existentes relacionadas aos acidentes e às contaminações, em formato de arquivo ePing (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico) com respectivo metadado.


Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 2: Produtos do Diagnóstico
Produtos
Descrição


Diagnóstico do meio físico
Descrição da pedologia, geomorfologia, hipsometria, hidrografia e hidrogeologia da UC.




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Diagnóstico ambiental





Diagnóstico do meio biótico - flora
a) Lista de espécies da flora, indicando o hábito, hábitat, destacando os táxons vegetais de valor especial para conservação (espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, bioindicadoras, espécies- chave, de importância econômica e/ou cultural, invasoras, exóticas e espécies novas), em formato ePing com respectivos metadados;



b) Mapa de vegetação e Mapa de uso do solo, multiescalas com mínimo de 1: 10.000 - principais formações vegetais juntamente com a descrição de seu estado de conservação, e as áreas degradadas e descrever seus estágios de regeneração de modo a




embasar o zoneamento;
c) As planilhas contendo os dados brutos dos
levantamentos de flora deverão ser entregues ao IBRAM-DF, acompanhadas dos metadados.
Diagnóstico do
meio biótico - fauna
Conforme Termo de referência de levantamento de fauna (Anexo I).

a) Descrição das principais atividades econômicas desenvolvidas; e situações de conflito, existentes ou potenciais, relativas ao uso e à ocupação da área.




Diagnóstico socioeconômico
b) Identificação dos grupos de interesse que possam subsidiar a gestão da Unidade e compor o Conselho Gestor da UC, como moradores, produtores, ambientalistas, ciclistas, usuários, empresas de turismo e esportes de aventura, administrações, investidores, comerciantes locais, diversas ONGs, órgãos governamentais, entre outros;

c) Caracterização da população do entorno da UC de acordo com os dados do IBGE e da CODEPLAN;

d) Identificação das tendências de ocupação dos espaços e crescimento dos núcleos populacionais em direção à UC e possíveis conflitos.

a) Mapa base, em escala 1:10.000 e 1:5.000, contendo os seguintes temas: limites das Regiões Administrativas, áreas urbanas, localidades, limites das outras UC presentes na região, hidrografia, sistema viário interno e externo, redes de infra- estrutura, em projeto do QGis;


Dados geoespaciais
b)  Base cartográfica contendo as curvas de nível (5m), batimétricas e pontos cotados, em escala 1:10.000 e 1:5.000 (dado disponível na Infraestrutura de Dados Espaciais do DF IDE/DF);

c) Modelo Digital de Terreno (MDT), em escala 1:5.000, elaborado a partir do processamento das curvas de nível do SICAD, em formato ePing com respectivo metadado;

d) Mapas temáticos (tipologias de vegetação, uso atual da terra, pedologia, geomorfologia, hipsometria, hidrografia, hidrogeologia), em escala 1:10.000 e
1:5.000, em projeto do QGis.





Análise integrada
Consolidar as informações levantadas, com as características da região e os principais problemas para a gestão da unidade para subsidiar as próximas etapas do trabalho, estabelecendo parâmetros para
definição da capacidade de suporte para a UC.



c)            Etapa 3: Realização das oficinas participativas e reuniões com a comunidade


1.    Reunião aberta com a comunidade e com os demais atores sociais Atividades a serem desenvolvidas:
·           Promover reunião aberta para a divulgação do plano de trabalho que será realizado na UC com a finalidade de mobilização social e realização de diagnóstico participativo;
·           Divulgação da reunião em jornal de grande circulação, sites institucionais, mídias sociais com uma antecedência mínima de 30 dias;
·           Discutir a estratégia e definir a logística para a realização da reunião aberta;
·           Viabilizar a infraestrutura para a realização da reunião aberta (material de expediente, salas de reuniões);
·           Providenciar mapa-base e carta-imagem, em escala compatível para a interpretação e visualização dos temas a serem trabalhados.

2.    Oficina de Planejamento Participativo - OPP Atividades a serem desenvolvidas:
·         Promover a divulgação da Oficina de Planejamento Participativo com uma antecedência mínima de 30 dias, convidando por meio de correspondência eletrônica ou física os interessados anteriormente identificados;
·         Discutir a estratégia e definir a logística para a realização da Oficina de Planejamento Participativo (OPP).
·         Viabilizar a infraestrutura para a realização das Oficinas (material de expediente, salas de reuniões, transporte e alimentação para todos os participantes);
·         Providenciar mapa-base e carta-imagem, em escala compatível para a interpretação e visualização dos temas a serem trabalhados;
·         Contratar um profissional com experiência em mediar atividades de Oficinas Participativas. O currículo desse profissional deverá ser aprovado pela equipe do IBRAM-DF;

·         Realizar a Oficina de Planejamento Participativo com abordagem dos seguintes temas: a) identificação das oportunidades, ameaças, potencialidades e fragilidades da UC; b) estabelecimento da Matriz de Colaboração Institucional (de como as diversas instituições representadas poderão auxiliar na elaboração do Plano de Manejo); c) proposta preliminar das áreas estratégicas e do zoneamento da UC; e
d)     propostas de ações de manejo para a UC.
A Oficina deverá contar com a participação de, no mínimo, 10 (dez) representantes das instituições ou grupos identificados.
Na OPP deverão ser aplicados métodos e técnicas que facilitem o intercâmbio de informações, os processos de tomada de decisão pelo grupo de trabalho e os de análise e planejamento, privilegiando a adoção de recursos visuais para nivelamento do conhecimento.
A OPP deverá ser organizada de modo a contemplar de forma representativa os atores envolvidos com a UC. Caso não seja possível atender a todos em um mesmo encontro, deverão ocorrer quantos encontros forem necessários.
Toda a equipe de planejamento deverá participar dessas atividades, de modo a deter informações sobre a UC e facilitar o estabelecimento dos primeiros contatos com os membros das comunidades locais.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 3: Produtos das Oficinas de Planejamento Participativo - OPP
Produtos
Descrição


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Relatório da reunião aberta com as comunidades e com os demais atores sociais
a) Memória de reunião;
b)   Lista de participantes (original e transcrita em formato digital) com todas as informações de contatos e as respectivas funções.
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Relatório da OPP
a) Análise do contexto atual (ameaças e oportunidades no âmbito regional);
b)      Análise  da    situação  da    UC        (identificar potencialidades e fragilidades do Parque);
c)     Proposta preliminar das   áreas       estratégicas (apresentar o croqui proposto);
d)   Propostas de ação para as áreas estratégicas identificadas;
e) Matriz de colaboração institucional;
f) Lista de participantes (original e transcrita em formato digital), com todas as informações de contatos e as respectivas funções e representações;



g) Croqui da proposta preliminar para o zoneamento da UC.


3.    Oficina técnica
Antes da realização da Oficina deverão ser consolidados os relatórios e os mapas temáticos dos levantamentos e demais estudos de modo a subsidiar a elaboração dos trabalhos. Esta Oficina será realizada com a Equipe de Planejamento (Comissão de Acompanhamento e Avaliação do IBRAM-DF e Coordenador do PM da empresa contratada), pesquisadores e técnicos das Universidades, ONG e Associações. Outros estudos efetuados na UC, fora do escopo do PM, se necessário poderão ser apresentados na Oficina.
A apresentação dos estudos e resultados obtidos nos levantamentos de campo será feita pelos pesquisadores e/ou equipe técnica, direcionada para a conservação, os riscos e as ameaças, bem como para as recomendações de manejo espacializadas.
Atividades a serem desenvolvidas:
·         Organizar a Oficina técnica com os pesquisadores e logística referente à infraestrutura para a realização dos trabalhos;
·         Promover reunião para a apresentação de todos os levantamentos e estudos efetuados durante a elaboração do PM, bem como outros julgados importantes para os trabalhos;
·         Definir os objetivos específicos e o zoneamento preliminar do parque;
·         Indicar as áreas estratégicas, juntamente com as propostas de ação e de manejo, segundo os programas temáticos.
Durante a Oficina, poderão ser utilizados instrumentos como flipcharts, data-show, entre outros.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 4: Produtos da Oficina Técnica
Produtos
Descrição



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Relatório da Oficina técnica
Relatório contendo:
a) objetivos específicos e Zoneamento da UC definidos preliminarmente bem como normas para as zonas propostas, áreas estratégicas internas e externas;
b) Pesquisas prioritárias identificadas;
c) Ações de manejo propostas.


d) Etapa 4: Elaboração dos programas de manejo

1.    Programa de Comunicação e Marketing Atividades a serem desenvolvidas:
·         Elaborar Programa com objetivo de divulgar a UC, estabelecendo as estratégias de comunicação em diferentes mídias, criando identidade visual, produtos, maior visibilidade do IBRAM-DF e a valoração da função socioambiental da UC, de acordo com possível padrão a ser definido pelo IBRAM-DF;
·         Elaborar Plano de Sinalização da UC propondo conteúdos e formas de abordagem, baseado nas diretrizes estabelecidas pelo IBRAM-DF.


Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 5: Produtos do Programa de Comunicação e Marketing.
Produtos
Descrição



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Programa de Comunicação e Marketing
a)   Estratégias de comunicação e identidade visual, de acordo com possível padrão a ser definido pelo IBRAM-DF;
b)     Elaboração de estudos e projetos na área de Comunicação, Marketing e Programação Visual como publicações, banners, folders e outros materiais informativos, contendo descrição de material  e demais textos e conteúdos necessários, além de layouts e artes finais
das peças e orçamento detalhado;




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Plano de Sinalização da UC
Plano de sinalização contendo:
a) Elaboração de estudos e projetos de sinalização destinados a UC, baseado nas diretrizes estabelecidas pelo IBRAM-DF, nos quais deverão conter a descrição de material, textos e conteúdos necessários, além dos layouts e artes finais das placas e orçamento detalhado.
b)   Projeto executivo, contendo os materiais necessários para a instalação, assim como a quantidade de placas e suas localizações;



2.    Programa de Pesquisa e Monitoramento; Atividades a serem desenvolvidas:
·         Elaborar programa de pesquisa e monitoramento com base nas informações levantadas no diagnóstico, indicando as linhas prioritárias.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 6: Produtos do Programa de Pesquisa e Monitoramento
Produtos
Descrição


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Programa de Pesquisa e Monitoramento
Contendo:
a)  Informações que subsidiem o planejamento de medidas mitigadoras e preventivas que assegurem a conservação da biodiversidade;
b) Linhas prioritárias para pesquisa.

3.    Programa de Uso Público; Atividades a serem desenvolvidas:
a)       Elaborar plano de uso público;
b)       Elaborar plano de ocupação;
c)       Elaborar minuta de regimento interno;
d)       Elaborar Plano de infraestrutura da UC.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 7: Produtos do Programa de Uso Público
Produtos
Descrição







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Plano de uso público
Elaborar Plano considerando a vocação da UC, a capacidade de suporte da UC, níveis de ruídos, iluminação noturna e demais perturbadores ambientais; as restrições legais e a Instrução nº 151/2014 IBRAM-DF;
a) Definir limite máximo de intensidade da emissão de sons e ruídos para a UC e entorno imediato. Os limites serão utilizados na gestão do espaço público para eventos e demais usos na UC;
b) Definir limite máximo de intensidade da iluminação pública no interior da UC bem como os horários permitidos para seu funcionamento;
c) Identificar os possíveis parceiros para futuras concessões, permissões e o potencial econômico da área;
d)  Indicar os espaços no entorno da UC destinados a estacionamento público para usuários, quantificando as vagas necessárias para o atendimento ao público que freqüenta a UC;










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Plano de ocupação
Elaborar Plano de ocupação contendo:
a)  identificação e proposição das trilhas, detalhadas com mapa dos trajetos;
b) previsão de obras de proteção de vias;
c)  previsão de ações e estruturas para a proteção da vegetação nativa consolidada;
d) sistema de drenagem de águas pluviais;
e) localização de infraestrutura de lazer e contemplação;
f) localização de sanitários e chuveiros, portões, guaritas, administração e centro de visitantes com a localização das redes de energia elétrica, telefone e água potável, obras de acessibilidade;
g) previsão de sistema de rádio comunicação e rede de comunicação por computador;
O plano de ocupação deverá considerar o diagnóstico de segurança pública e propor medidas que minimizem a sensação de insegurança dos freqüentadores e servidores do parque.

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Minuta de regimento interno
Elaborar minuta de regimento interno, englobando também o programa de administração da UC.







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Plano de infraestrutura
a)  Elaborar normas e parâmetros construtivos e urbanísticos voltados para as estruturas de gestão e visitação para subsidiar futuros projetos na UC;
b) Elaborar plano de Infraestrutura com base nas diretrizes e zoneamento propostos para o Parque, contemplando parâmetros de acessibilidade, segurança e primeiros socorros;
c) Projetos de implantação de equipamentos e infraestrutura para a UC. Os projetos arquitetônicos deverão vir acompanhados dos projetos executivos, orçamentos e cronogramas de execução, em formato que atenda aos requisitos para aprovação na Central de Aprovação de Projetos CAP ou Administração Regional, entidades responsáveis pela emissão de alvará e habite-se. Deve ser dada a preferência na utilização de materiais e métodos sustentáveis que criem uma identidade visual para a UC.
4.    Programa de Educação Ambiental; Atividades a serem desenvolvidas:
a) Elaborar programa de Educação Ambiental para a UC;

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAMDF:

Tabela 8: Produtos do Programa de Educação Ambiental
Produtos
Descrição




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Plano de Educação Ambiental
Elaborar Plano contendo:
a)     calendário de palestras em escolas, número de escolas e localidades atingidas e programa de capacitação em educação ambiental;
b)  questões estratégicas para a conservação das áreas;
c)    material gráfico para realizar, auxiliar e apoiar as atividades de Educação ambiental;
d)  Projeto executivo de trilhas interpretativas, caminhos e acessos.

5.  Programa de Consolidação Territorial; Atividades a serem desenvolvidas:
a)    Elaborar Programa de Consolidação Territorial;

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAMDF:

Tabela 9: Produtos do programa de Consolidação Territorial
Produtos
Descrição




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Plano de Consolidação Territorial
Elaborar Plano contendo:
a)     Levantamento cartorial, formação da cadeia dominial e estabelecimento de estratégias de domínio e controle sobre a UC;
b)    Proposição de estratégias para a regularização fundiária considerando acordos de cooperação entre os diferentes órgãos envolvidos, termos de compromisso junto aos moradores e demais atores e outros instrumentos jurídicos que garantam a consolidação da UC a curto, médio e longo prazo.

6.    Programa de Recuperação de Áreas Degradadas; Atividades a serem desenvolvidas:
a)            Elaborar Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAMDF:


Tabela 10: Produtos do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Produtos
Descrição







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PRAD
Elaborar PRAD contendo:
a) Caracterização das áreas degradadas acompanhadas de fotos e mapas;
b) Caracterização do tipo de degradação, condição do solo e cobertura vegetal;
c) As atividades necessárias à recuperação das áreas degradadas;
d) Descrição de maneira clara e detalhada das metodologias de recuperação propostas;
e) Plano de monitoramento das áreas a serem recuperadas;
f)  Representação espacial dos Planos de Recuperação de cada área a ser recuperada;
g)  Elaboração de um acervo fotográfico que retrate a situação antes da implantação do Programa bem como a elaboração de mapas que demonstrem a localização das áreas alvo e das ações indicadas para cada uma;
h)Elaboração de cronograma físico-financeiro do programa.

7.    Programa de Manejo de Espécies Exóticas Atividades a serem desenvolvidas:
a) Elaborar Plano de Manejo de Espécies Exóticas;

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAMDF:

Tabela 11: Produtos do Programa de Manejo de Espécies Exóticas
Produtos
Descrição



16


Plano de Manejo de Espécies Exóticas
Plano de Manejo das espécies exóticas (fauna e flora), prevendo a erradicação, destinação e utilização do material retirado (caso couber) nas UC geridas pelo IBRAM-DF;
a)descrição de maneira clara e detalhada das metodologias de manejo das exóticas propostas;
b)Elaborar um plano de substituição das exóticas, gradativamente, considerando as restrições estabelecidas na legislação para a UC.

8.    Programa de Proteção e Fiscalização; Atividades a serem desenvolvidas:
·         Elaborar Plano de Prevenção e Combate a Incêndio;

·         Elaborar Plano de conservação das espécies;
·         Elaborar Plano de segurança dos visitantes;
·         Elaborar Plano de Controle Fitossanitário;
·         Elaborar Plano de monitoramento e vigilância.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 12: Produtos do Programa de Proteção e Fiscalização
Produtos
Descrição







17





Plano de Prevenção e Combate a Incêndio
a)                Identificar as possíveis fontes de incêndio e avaliar os seus mecanismos de propagação;
b)          Identificar as áreas estratégicas para o apoio ao combate ao fogo (existência de água, acessos, bases emergenciais) e as possibilidades de apoio à prevenção e ao controle do fogo: bombeiros, polícia ambiental e brigada de fogo (voluntárias, governamentais ou de empresas particulares);
c)           Elaborar plano de ação para a execução de aceiros e outras intervenções necessárias à prevenção de Incêndios, caso haja necessidade;
d)  Sensibilizar a população quanto aos danos causados por incêndios e a importância da participação da mesma nas Atividades de Prevenção e Combate a Incêndio.

18
Plano de conservação das espécies
a) Recomendar as ações de manejo necessárias à conservação das espécies;
b) Elaborar estratégias de conservação para as espécies alvo.

19
Plano de segurança dos visitantes
a) Elaborar plano de resgate de acidentados, primeiros socorros e transferência de emergência para atendimento na rede de assistência à saúde.


20

Plano de Controle Fitossanitário
a) Elaborar Plano de Controle Fitossanitário com métodos mecânicos, físicos ou culturais: tratamento térmico; irradiação de sementes; capina ou roçagem de ervas daninhas; podas em espécies perenes; barreiras vegetais.


21

Plano de monitoramento e vigilância
a) Identificar as infraestruturas necessárias para a proteção da UC, como cercas, câmeras, guaritas e sinalização;
b) Elaborar subprograma de monitoramento e vigilância de impactos ambientais que incidem sobre a UC, utilizando uma atuação preventiva para combater a degradação ambiental;



c)   Identificar a necessidade de recursos humanos e materiais adequados para a proteção e vigilância, inclusive patrimonial, da UC;
d)  Elaborar em conjunto com a Superintendência de Fiscalização do IBRAM-DF (SUFAM) um cronograma de atuação na UC e seu entorno.

9.    Programa de Administração da UC; Atividades a serem desenvolvidas:
·         Elaborar Plano de Administração da UC;
·         Plano de Manutenção da UC.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 13: Produtos do Programa de Administração da UC
Produtos
Descrição





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Plano de Administração da UC.
a)       Identificar materiais, recursos humanos para a efetiva gestão da UC;
b)       Elaborar cronograma físico-financeiro para a implantação, gestão e manejo da Unidade por no mínimo 5 anos.
c)        Elaborar cartilha de apoio aos responsáveis pela gestão de UC, indicando objetiva e didaticamente as principais ações de gestão (procedimentos administrativos, aquisição de materiais, manutenção periódica da infraestrutura), bem como dados (nome, contatos) dos atores e grupos de interesse relacionados à UC (concessionárias de serviços públicos, bombeiros, polícia militar, associações, ONG e OSCIP, escolas, entre outros). Incorporar as informações do Manual
de procedimento das UC COUNI/SUGAP.



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Plano de Manutenção
Elaborar Plano de manutenção das estruturas físicas, trilhas, sinalização e demais equipamentos públicos, contendo:
a)As modalidades de manutenção: preditiva, preventiva, corretiva e detectiva. Este plano visa conservar e/ou recuperar a capacidade funcional das estruturas de modo a atender as necessidades e segurança dos usuários;
b)        Cronograma físico-financeiro de manutenção por, no mínimo, 5 anos.

e)   Etapa 5 Elaboração do Resumo Executivo e minuta do Ato Normativo do Plano de Manejo e Zoneamento

Atividades a serem desenvolvidas:

·      Elaborar proposta de Resumo Executivo;
·      Promover reunião aberta para a apresentação do plano de manejo com a comunidade:
ü Divulgar a reunião em jornal de grande circulação, sites institucionais, redes sociais com uma antecedência mínima de 30 dias;
ü  Definir o formato (virtual ou presencial), conforme previsão legal e conveniência que melhor atenda à legislação e aos interesses coletivos e da administração para a apresentação do Resumo Executivo, Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental do Parque Distrital de São Sebastião;
ü  Expedir convite de participação às pessoas, entidades e instituições de importância para a UC, que possam efetivamente se interessar no Resumo Executivo, Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental do Parque Distrital de São Sebastião;
ü  Organizar a logística, regras de convivência e de participação da apresentação;
ü  Viabilizar a infraestrutura para a realização da apresentação (divulgação, material de expediente, salas de reuniões, transporte e lanche para todos os participantes);
·         Apresentar e enfatizar principalmente os seguintes aspectos constantes no Resumo Executivo e Plano de Manejo:
ü Objetivos e limites das UC;
ü Zoneamento Ambiental, assim como sua normatização;
ü Principais programas, subprogramas e projetos.
·         Consolidar a versão final do Plano de Manejo;
·         Elaborar a minuta do ato normativo para publicação do Plano de Manejo aprovado, contendo os mapas de zoneamento.
Na apresentação, de caráter informativo, deverão ser aplicados métodos e técnicas que facilitem o intercâmbio de informações, privilegiando a adoção de recursos visuais para nivelamento do conhecimento.

Produtos a serem apresentados à Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF:

Tabela 14: Produtos da Etapa de Resumo Executivo e Plano de manejo
Produtos
Descrição


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Proposta de Resumo Executivo
a) Versão preliminar do Resumo Executivo e da minuta do Ato Normativo do Plano de Manejo e Zoneamento do Parque Distrital de São Sebastião, com a definição de normas e procedimentos para utilização do patrimônio ambiental.


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Relatório da reunião aberta com as comunidades e com os demais atores sociais
a) Memória de reunião;
b)  Lista de participantes (original e transcrita em formato digital), com todas as informações de contatos e as respectivas funções e representações.

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Plano de Manejo e Zoneamento do Parque Distrital de São Sebastião
a) Versão final do Plano de Manejo do Parque Distrital de  São Sebastião e seus anexos.

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Minuta do ato normativo
a) Minuta do ato normativo para publicação do Plano de manejo aprovado, contendo os mapas de zoneamento.

Os programas e subprogramas do Plano de Manejo do Parque Distrital de São Sebastião deverão seguir o seguinte roteiro metodológico:
ü  Apresentação do objeto de cada programa ou subprograma;
ü  Apresentação da forma de implantação acompanhada de cronograma e orçamentos;
ü  Apresentação das instituições para implantação e acompanhamento; e
ü  Apresentação de observações e especificidades pertinentes para cada caso.
Na apresentação dos programas deverão ser incluídos aspectos de metodologias, técnicas e estratégias a serem empregadas em sua implementação ou supervisão. Em todos os casos deverão ser enumeradas as instituições mais adequadas para implantar ou acompanhar a implantação dos programas e subprogramas propostos.
Todos os projetos voltados para as estruturas físicas necessárias à gestão e visitação da unidade deverão estar em consonância com as normas e parâmetros construtivos e urbanísticos estabelecidos e com a capacidade de suporte apontada no Plano de Manejo, que dimensionará e restringirá a visitação e o uso de cada equipamento.

VII.      FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

Os produtos devem ser apresentados em versão preliminar à Comissão de Supervisão e Acompanhamento dos serviços contratados, que examinará e emitirá parecer técnico no prazo de 20 (vinte) dias úteis. Caso o produto seja considerado satisfatório, será admitido como versão definitiva. Sendo necessária alguma correção e/ou complementação de informações, a Contratada deverá realizar os ajustes necessários, encaminhando em 10 (dez) dias úteis.
Os produtos intermediários devem ser entregues em formato PDF, ocerizados compatível com o Sistema Eletrônico de Informações SEI.
Após a aprovação, as versões finais dos produtos devem ser entregues em 3 (três) vias impressas uma via para a sede do IBRAM-DF, uma via para a UC estudada e uma via para disponibilização na biblioteca do órgão - em qualidade laserprint ou similar, em formato A4 com encadernação capa dura.Os produtos também devem ser fornecidos em DVD, conforme o conteúdo, formatado e gravado no editor Microsoft Word e planilhas no Microsoft Excel. Além disso, o produto final deverá ser entregue em formato PDF, ocerizado compatível com o Sistema Eletrônico de Informações SEI.
Os mapas devem ser plotados em formato compatível e de acordo com normas e padrões da Cartografia Brasileira, contendo escala gráfica e numérica, grade de coordenadas planas e geográficas, indicativo do norte geográfico e legenda. O projeto com os mapas impressos deve ser entregue em arquivo digital, em formato de arquivo ePing com respectivo metadado, com o layout de apresentação do programa QGis e formato PDF. Os dados devem ser incluídos no Banco de Dados do IBRAM-DF.
Os projetos arquitetônicos devem ser apresentados no formato DWG e PDF, compatível com o Programa AutoCAD ou similar.
Todos os dados espaciais digitais devem ser organizados em Sistema de Informações Geográficas (SIG), estando as tabelas de dados associadas aos arquivos de informações espaciais, organizadas de forma a conter todas as informações disponíveis sobre as feições temáticas, como descrição, área, extensão. Os arquivos de dados devem ser apresentados em formato de arquivo ePing com respectivo metadado, em shapefile (vetores), geotiff (imagem de satélite), e grid (superfície de dados), organizados em arquivo de apresentação (QGis Project) do programa QGis. Tais arquivos digitais de informação espacial devem vir acompanhados das informações de projeção e de arquivo de metadados explicitando a fonte da informação, a escala de origem, a data de obtenção, os formatos de dados e os tratamentos realizados.
As informações levantadas devem estar em formato compatível com o Banco de dados georreferenciados do IBRAM-DF e cadastro de serviços de disponibilização de geoserviços WMS em Geoserver do IBRAM-DF com a criação dos metadados no Portal de Metadados do IBRAM-DF.
Conforme Decreto Distrital 32.575/2010, todos os trabalhos, estudos, projetos e anteprojetos de topografia, cartografia, urbanismo, demarcação, implantação e acompanhamento de obras de engenharia devem ser realizados e apresentados segundo o Sistema Geodésico Brasileiro SGB. O sistema de projeção que deverá ser adotado para o projeto é o mesmo da base cartográfica fornecida pelo IBRAM-DF: SIRGAS-2000, UTM-23S.

Todos os dados vetoriais criados em cima da base cartográfica fornecida pelo IBRAM-DF deverão obedecer às normas da Infra Estrutura Nacional de Dados Espaciais, tanto no quesito de metadados quanto nas conformações topológicas preconizadas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, de acordo com o Decreto nº 6.666, de 27 de novembro de 2008, que institui  INDE.  Além  disso,  o  trabalho   deverá  seguir  o  disposto   no   Decreto nº  37.612,    de 09/09/2016, que dispõe sobre a instituição da Infraestrutura de Dados Espaciais do Distrito Federal IDE/DF.


VIII.      PRAZO DE VIGÊNCIA E PRAZO PARA ELABORAÇÃO DOS PRODUTOS

Os estudos serão executados dentro do prazo de vigência do contrato, observando-se o conteúdo de cada produto.
O prazo de vigência do contrato será de 12 (doze) meses, incluídos, neste prazo, os períodos necessários para avaliação dos produtos por parte da Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF, contados a partir da publicação do extrato contratual na imprensa oficial do Distrito Federal.
A extensão do contrato poderá ocorrer em comum acordo entre as partes, no interesse da adequada conclusão do trabalho.
Tabela 15: Resumo das etapas e prazos previstos para entrega.
Etapas
Prazo/dias
Conteúdo geral
Planejamento
15 dias corridos
Apresentação da metodologia de trabalho; contextualização da área; abordagem técnica; apresentação da equipe técnica e fluxograma organizacional; e cronograma das principais atividades e produtos, contendo a indicação do responsável
técnico.
Diagnóstico Integrado
210 dias corridos
Levantamento e apresentação de todas as informações requeridas por fontes secundárias e primárias, quando necessário, em um diagnóstico consolidado, incluindo a entrega de todas as informações georreferenciadas na forma de mapas requisitados neste
TR.
Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental preliminar
30 dias corridos
Apresentação das informações do diagnóstico e zoneamento preliminar. Elaboração do Planejamento e Uso da
UC.
Oficina de Planejamento
Participativo
5 dias corridos para
planejamento da
Apresentação  do  Diagnóstico  e Oficina
para discutir  a  proposta de zoneamento


OPP pela empresa
Reunião 1 dia (Total 6 dias)
com a participação da comunidade.
Revisão do Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental preliminar a partir das
considerações da OPP
20 dias corridos
Apresentação do zoneamento e discussão com a Comissão de supervisão e acompanhamento, ponto a
ponto da proposta.*
Plano de Manejo Consolidado e Resumo Executivo
20 dias corridos
Elaboração do documento final consolidado, com todas as etapas anteriores, e um documento simplificado, contendo um resumo de todas as etapas e as conclusões. Além da minuta de ato normativo para a publicação do Plano e revisão dos objetivos da Unidade, caso seja necessário. Apresentação para a
comunidade.
Prazo estimado**
301

* A correção do Zoneamento Ambiental poderá ser realizada em reunião conjunta da empresa contratada com a Comissão de Supervisão e Acompanhamento.
** Os prazos estabelecidos na tabela 15 não incluem o tempo necessário para a realização das correções.


Tabela 16: Cronograma de execução

MÊS
ETAPAS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Planejamento
X











Diagnóstico Integrado

X
X
X
X
X
X
X




Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental
preliminar









X



OPP









X


Revisão do Plano de Manejo e Zoneamento Ambiental preliminar a partir das
considerações da OPP











X

Plano de Manejo Consolidado
e Resumo Executivo











X

IX.       EQUIPE

A equipe técnica necessária para o desenvolvimento do trabalho deve ser constituída, no mínimo, pelos seguintes profissionais:
a)             Um profissional de nível superior, com qualificação e experiência na elaboração de Planos de Manejo para Unidades de Conservação que admitam o  uso público e em trabalhos relacionados à conservação ambiental, com no mínimo mestrado, para coordenar o trabalho.
b)             Um profissional com formação acadêmica na área das ciências naturais (biologia, ecologia, geografia, engenharia florestal, ambiental, agronômica ou afim), para elaboração do diagnóstico ambiental da UC;
c)              Um profissional com formação acadêmica na área das ciências naturais (geografia, geologia, biologia, ecologia, agronomia ou outras afins), e com experiência em levantamentos do meio físico suficiente para integrar as informações com a formação geológica local;
d)             Um profissional com formação acadêmica na área das ciências sociais (geografia, arquitetura e urbanismo, sociologia, antropologia, economia, história ou outras afins), preferencialmente com mestrado e experiência em levantamentos socioeconômicos, históricos e culturais e em processos de mobilização social e moderação de oficinas, que será responsável por todas as atividades relativas à mobilização, realização de oficinas e reuniões abertas;
e)             Um profissional com formação acadêmica compatível, especialista em geoprocessamento, com experiência de caracterização e mapeamento de ambientes naturais voltados ao planejamento e à gestão ambiental, com experiência em implementações de IDEs institucionais;
f)                 Um profissional com formação acadêmica em arquitetura, para concepção e elaboração de projetos executivos compatíveis com os objetivos da Unidade (edificações, infraestrutura e estruturas de segurança);
g)             Um profissional com formação acadêmica em engenharia civil, para realização dos orçamentos e dos cálculos estruturais necessários aos projetos executivos da UC;
h)            Um profissional com formação acadêmica em Letras (Português) especialista  em revisão e formatação de textos.
A qualificação e a experiência dos profissionais deverão ser comprovadas mediante apresentação de Curriculum Lattes.
A equipe cuja proposta técnica seja recomendável deverá comprovar, antes da assinatura do contrato com o empreendedor, os atestados das respectivas certidões de acervo técnico, fornecidas por pessoas jurídicas de direito público ou privado e cópia de diplomas e certificados emitidos por Instituição reconhecida pelo Ministério da Educação, em conformidade com a habilitação. Em caso de não comprovação, será convocada a segunda melhor proposta,

sem prejuízo da aplicação das sanções cabíveis à empresa que induzir à avaliação inverídica das capacidades técnicas dos profissionais apresentados.


X.       PROPOSTA TÉCNICA

1.    Documentos de Habilitação:
a)             Regularidade Fiscal - documentos como inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes e provas de regularidade na Fazenda Pública (federal, estadual e municipal) e Seguridade Social;
b)             Inscrição no cadastro de empresas e profissionais prestadores de serviço de consultoria ambiental do IBRAM-DF (Instrução nº 114/2014-IBRAM-DF);
c)              Qualificação econômico-financeira - documentos como balanço patrimonial e/ou demonstração financeira da empresa e certidão negativa de falência;
d)             Habilitação jurídica - registro comercial e/ou contrato social da empresa;
e)                 Declaração de que não utiliza mão-de-obra, direta ou indireta, de menores de
18 (dezoito) anos para a realização de trabalhos noturnos, perigosos ou insalubres, bem como não utiliza, para qualquer trabalho, mão-de-obra de menores de 16 (dezesseis) anos, exceto na condição de aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos, nos termos do inciso V, do art. 27, da Lei n.º 8.666/93);
f)                  Certidão Negativa de Débitos Inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, conforme inciso V do art. 29 da Lei nº 8.666/93;
g)             Atestado (s) de capacidade técnica, emitido por pessoa jurídica de direito público ou privado, comprovando ter o licitante executado ou estar executando serviços de características semelhantes aos detalhados no Termo de Referência do edital.
2.    Qualificação e experiência da Equipe Técnica
Para avaliação da experiência profissional, a proponente deverá apresentar a equipe técnica que irá desempenhar as atividades pertinentes ao objeto do trabalho;
Os profissionais integrantes da equipe técnica deverão, obrigatoriamente, participar dos trabalhos, podendo ser substituídos por profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que aprovado pela Comissão de Supervisão e Acompanhamento do IBRAM-DF.
3.    Plano de Trabalho (no máximo 20 páginas)
a)              Apresentar proposta preliminar de atividades de campo, com identificação das metodologias e resultados esperados;
b)              Indicação preliminar dos dados secundários a serem compilados;
c)               Cronograma de execução, com estimativa de prazos.

4.    Proposta Técnica Avaliação, Classificação e Critério de Desempate
As propostas técnicas, assim como os Produtos deste trabalho, deverão ser objeto de análise, avaliação e aprovação, por parte da Comissão de Supervisão e Acompanhamento dos produtos, a ser devidamente constituída por Instrução publicada pelo IBRAM-DF.
Tabela 17: Critérios de avaliação das propostas técnicas
Item a pontuar
Pontos
Semi-Totais
Plano de Trabalho preliminar
60,0
60,0 (máximo)
Experiência Curricular (passível de comprovação por atestados técnicos e respectiva CAT em nome dos
pesquisadores)
1,0            (por                  item curricular/pesquisador)
40,0 (máximo)
Titulação dos consultores
3,0 (Doutorado/consultor)
2,0 (Mestrado/consultor)
1,0 (Especialização (Pós- graduação lato sensu/consultor)
Não cumulativos
20,0 (máximo)

Total
120,0

Omissões e inadequações na Proposta Técnica, consideradas comprometedoras à realização do trabalho, poderão ensejar a desqualificação da proposta, enquanto que as consideradas ajustáveis e/ou de menor relevância figurarão com pontuação negativa, para fins de classificação (1 ponto negativo por falha ou omissão técnica).
A proposta técnica que mais se aproximar da pontuação máxima total (120 pontos) será a Proposta indicada para seleção, segundo os critérios técnicos.
Pontuações da proposta técnica inferiores a 60 pontos implicarão na desqualificação do concorrente.
Em caso de empate, o melhor Plano de Trabalho, assim considerado pela Comissão de Supervisão e Acompanhamento dos produtos, será o critério definidor da Proposta vencedora.


XI.       ACOMPANHAMENTO E APROVAÇÃO

Para a avaliação, acompanhamento, recebimento e aprovação dos produtos especificados neste Termo de Referência, deverá ser constituída uma Comissão de Supervisão e Acompanhamento, formada por técnicos do IBRAM-DF.
As exigências resultantes da avaliação dos produtos pelos membros da Comissão serão compiladas em um único documento a ser elaborado em reunião com a presença de todos os membros, que será encaminhado à empresa contratada, contendo todas as exigências do produto analisado.

As reuniões de acompanhamento e fiscalização deverão ser definidas pela Equipe do IBRAM-DF conforme as necessidades encontradas no decorrer do processo de execução dos serviços e sempre após a avaliação da entrega dos produtos para a definição das correções e o aceite dos produtos.
Os produtos objeto deste Termo de Referência terão o recebimento da Comissão de Supervisão e Acompanhamento, mediante o aceite, depois de atingidos os objetivos desejados. Os produtos serão avaliados quanto ao conteúdo, atendimento satisfatório para o alcance dos objetivos previstos, quanto à forma de apresentação, correção ortográfica, se atendeu às especificações, exigências técnicas e quanto ao prazo.
1. Prazos de análise e correção
A Equipe Técnica do IBRAM-DF terá 20 (vinte) dias úteis para realizar a análise dos produtos após o recebimento.
A Contratada terá um prazo de 10 (dez) dias úteis para realizar as correções em cada produto.

ANEXO I

Termo de Referência de Levantamento de Fauna - COFAU Capítulo I Definições
1.0 Espécie Exótica: Espécies, subespécies ou táxons inferiores introduzidos fora de sua área natural de distribuição, presente ou passada, incluindo quaisquer partes gametas, sementes, ovos ou propágulos dessas espécies que possam sobreviver e posteriormente reproduzir•se.
2.0 Fauna Invasora: espécies exóticas cuja introdução ou dispersão ameaça ecossistemas, hábitats ou espécies e causam impactos ambientais, econômicos, sociais ou culturais.
3.0 Fauna Sinantrópica: populações animais de espécies silvestres nativas ou exóticas, que utilizam recursos de áreas antrópicas, de forma transitória em seu deslocamento, como via de passagem ou local de descanso; ou permanente, utilizando-as como área de vida.

Capítulo II Considerações Gerais

4.0    Os estudos, planos, projetos e demais documentos técnicos devem ser elaborados por profissionais habilitados por táxon, devidamente assinados e acompanhados de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou equivalente.
4.1    Os responsáveis técnicos por cada táxon, deverão comprovar experiência em levantamentos de dados primários do táxon a ser inventariado (ex: ART, artigo, nota científica, dissertação de mestrado, tese de doutorado, etc.).
5.0 Deverá ser apresentado o atestado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal da equipe técnica responsável pelo estudo.

Capitulo III Do Plano de Trabalho

Sub-capítulo I Introdução do Plano de Trabalho
6.0 Objetivos gerais e específicos da avaliação fauna.
7.0 Revisão da literatura, com apresentação dos dados secundários de inventário de fauna para região, quando couber.

Sub-Capítulo II Da Metodologia

8.0  Deverão ser apresentados, no mínimo, os seguintes mapas:

8.1  Mapa contemplando a área de interesse e vias de acesso pré-existentes;
8.2  Mapa com a localização e tamanho aproximado das áreas a serem amostradas do estudo.
9.0  O Plano de Trabalho deve conter uma descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados primários, que deverá contemplar: avifauna e entomofauna.
9.1  O levantamento de dados primários deverá seguir metodologia compatível e com suporte de bibliografia especializada. Recomenda-se a incorporação de múltiplas metodologias de amostragem para os diferentes táxons, visando garantir uma amostragem adequada da riqueza do local;
9.2  Deverão ser utilizadas pelo menos duas técnicas (método) distintas de amostragem/inventário para cada grupo taxonômico de interesse. Quando a área de interesse não permitir o emprego de múltiplas técnicas deverá ser apresentado justificativa plausível; e
9.3  Deverão ser registrados, em caso de ocorrência no local do empreendimento, os focos epidemiológicos, fauna potencialmente invasora, exótica, ameaçada de extinção, sinantrópica e doméstica.
10.0   O desenho amostral deverá ser representativo para cada área de estudo contemplando, no mínimo, duas campanhas no período de seca e duas campanhas no período de chuva. Deverá ser documentado o dado pluviométrico da região.
10.1   O desenho amostral deverá ser delineado de maneira a aumentar a probabilidade de detecção das espécies (diminuído a probabilidade de falsa-ausência), por exemplo, com vários dias de amostragem por campanha e em cada estação (seca e chuva).
10.2Os pontos de coleta deverão ser preferencialmente nos pontos de inventário florístico, de modo que ao final seja viável realizar uma análise de seleção de habitat (variáveis do habitat x abundância/ocorrência das espécies) pelos grupos que apresentarem n amostral suficiente.
11.0   Deverá ser apresentado cronograma de execução do levantamento, considerando o esforço amostral mínimo para cada táxon.
11.1   O esforço amostral mínimo deve garantir uma amostragem significativa/adequada do ambiente;
11.2   O esforço amostral deverá ser apresentado conforme tabela ilustrativa abaixo, para cada grupo taxonômico do estudo e método de coleta;


Taxón

Método
Esforço por ponto

Nº de pontos
Cálculo do Esforço por
campanha
Esforço total por campanha
Répteis
Armadilha pitfall
2 conjuntos de 4
baldes cada
12
8 baldes x 4 pontos
x 12 dias
1.152 baldes/dia
Répteis
Busca ativa diurna
2 horas/homem
12
2 horas x 4 pontos
x 2 homens
48 horas/homem
Répteis
Busca ativa noturna
4 horas/homem
12
4 horas x 4 pontos
x 2 homens
96 horas/homem

11.3   A comprovação de que o esforço foi adequado deverá ser demonstrada por meios de análises estatísticas aplicáveis ao tipo de dado e metodologia empregada (por exemplo, curva do coletor e de rarefação, bem como outras técnicas de estimativa de riqueza).
12.0O Plano de Trabalho deverá conter detalhamento da captura, tipo de marcação (se for o caso), triagem e demais procedimentos a serem adotados para os exemplares capturados e/ou coletados (vivos ou mortos).
13.0No caso de coleta de material biológico, o responsável técnico e os membros da sua equipe deverão:
13.1   Optar por métodos de coleta e instrumentos de captura direcionados ao grupo taxonômico de interesse, evitando a morte ou dano significativo a outros grupos;
13.2   Qualquer procedimento de marcação que envolva ou acarrete danos permanentes (ablação, por exemplo) devem ser submetidos à respectiva Comissão de Ética no Uso de Animais;
13.3   Empregar esforço de coleta ou captura que não comprometa a viabilidade de populações do grupo taxonômico de interesse em condição in situ; e
13.4   Informar o destino pretendido para o material biológico a ser coletado, com  anuência da Instituição de Ensino e Pesquisa onde o material será depositado;
14.0É vedada a utilização de dados faunísticos obtidos por meio de entrevistas nas análises estatísticas do estudo. Esses dados podem constar nos anexos do relatório.
15.0Documentar possíveis ameaças antrópicas registradas durante as campanhas de amostragem dos dados primários.

Capítulo IV Do Relatório a ser Apresentado

16.0Deverá ser apresentado um sumário executivo com uma descrição concisa dos objetivos, métodos, resultados e das recomendações mais importantes.

17.0A Introdução e os Métodos deverão seguir o formato sugerido no Plano de Trabalho.
18.0Os registros fotográficos do estudo devem apresentar a coordenada geográfica (UTM) nas legendas. É vedada a utilização de imagens de fauna (ou vestígios) procedentes da internet, principalmente dos espécimes que não forem coletados. Caso seja indispensável à utilização desse tipo de imagem, apresentar justificativa plausível.

Sub-Capítulo I Dos Resultados

19.0A entrega de dados ou informações geoespaciais deverá ser apresentada de acordo com as especificações técnicas do Anexo 1 do presente Termo de Referência.
20.0Deverá ser apresentado o mapeamento georreferenciado de fragmentos de vegetação, conectores ecológicos existentes e áreas potenciais de refúgio para fauna.
21.0   Poderá ser apresentada lista de espécies da fauna descritas para a localidade ou bacia, baseada em dados secundários, inclusive com indicação de espécies constantes em listas oficiais de fauna ameaçada com distribuição potencial na área do empreendimento.
21.1   Não serão aceitos dados secundários baseados em listas regionais; e
21.2   A revisão deverá ser feita utilizando trabalhos técnicos, trabalhos acadêmicos e artigos científicos devidamente referenciados.
21.3   Os dados secundários deverão ser apresentados em forma de anexo ao Relatório principal.
22.0   O levantamento deve ser apresentado com, no mínimo, as seguintes informações:
22.1   Descrição da metodologia utilizada em campo (transectos, observação direta ou indireta, cama de pegadas, armadilhas fotográficas, entre outras), com justificativa do método adotado, para cada grupo;
22.2   Condições meteorológicas durante as campanhas de levantamento de dados;
22.3   Justificativa da escolha dos pontos de amostragem, considerando as características do local e a paisagem; e
22.4   Descrição das características dos pontos amostrais, como fitofisionomia, matriz e presença de curso d’água.
23.0   Apresentar tabela com lista das espécies registradas (dados primários), indicando:
a.    Ordem, Família, nome científico e popular;
b.    Hábitos alimentares (herbívoros, onívoros, carnívoros e frugívoros);
c.   habitat ;
d.  status de conservação segundo a versão mais atualizada do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção ou instrumento

legal publicado (Portaria ou Instrução Normativa, por exemplo) pelo Ministério do Meio Ambiente e da IUCN (International Union for Conservation of Nature);
e.  Destacar as espécies endêmicas, consideradas raras, não descritas previamente para a área estudada ou pela ciência, as passíveis de serem utilizadas como indicadoras de qualidade ambiental, as de importância econômica e sinegética, invasoras, de risco epidemiológico, sinatrópicas, exóticas, de importância comercial, ameaçadas de extinção, sobreexplotadas, ameaçadas de  sobreexplotação, domésticas e migratórias;
f.     Indicação dos pontos de amostragem onde foram registradas as espécies (inclusive a coordenada geográfica); e
g.  Horário da coleta.
23.1   A tabela anterior deve compor a tabela de metadados para cada ponto de coleta;
23.2   No caso de identificação de espécies migratórias, apresentar mapas com as rotas de migração de cada espécie.
24.0 Apresentar esforço e suficiência amostral empregados no levantamento de cada grupo faunístico, por metodologia e com as devidas análises estatísticas comprobatórias de que a coleta de dados foi adequada.
25.0 Deverão ser calculados parâmetros de riqueza e abundância das espécies, índices de diversidade beta, gama e similaridade e demais análises estatísticas pertinentes, por grupo inventariado, contemplando a sazonalidade em cada área amostrada quando for o caso.
26.0Nos resultados do estudo, deverão ser apresentadas manifestações oficiais das instituições de ensino e pesquisa que receberam material zoológico, preferencialmente com número de tombamento de todos os espécimes.

Sub-capítulo II Discussão e Recomendações

27.0A Discussão do relatório deve ser organizada de maneira contemplar o cumprimento dos objetivos.
28.0Discutir sobre as espécies importantes (ameaçadas, bioindicadoras, raras, endêmicas, migratórias ou de importância econômica e cinegética) encontradas na área, contextualizando dados de biologia, uso do habitat, reprodução e forrageamento.

29.0Discutir sobre as espécies invasoras, de risco epidemiológico, sinantrópicas e exóticas encontradas na área, contextualizando dados de biologia, uso do habitat, reprodução, forrageamento. Além disso, é fundamental discutir os potenciais impactos do empreendimento a espécie em questão.
30.0Discutir as limitações do estudo, por exemplo, dos métodos empregados e esforço que podem ter refletido nos resultados apresentados.
31.0Discutir sobre os habitats essenciais para manutenção da viabilidade das espécies ou para manter a conectividade da paisagem.

Capítulo V Disposições Finais

32.0Os estudos protocolados no IBRAM-DF deverão ser rubricados por página e assinados pelos responsáveis técnicos de cada grupo taxonômico.
33.0O Plano de Trabalho e o Relatório deverão apresentar a lista de referências bibliográficas padronizadas.
34.0   O empreendedor deverá solicitar a retificação da Autorização de Coleta e Captura sempre que houver propostas de alterações durante sua vigência, apresentando os itens a serem alterados, a documentação pertinente e as respectivas justificativas técnicas.
34.1   Caso não haja proposta de alteração da metodologia, deverão ser apresentados somente os documentos pertinentes às alterações pleiteadas, não havendo necessidade de reapresentação do Plano de Trabalho e/ou Programa Ambiental.
35.0As solicitações de alteração de equipe da mesma Autorização poderão ser solicitadas e serão incluídas à autorização de coleta e captura em forma de anexo.
36.0A metodologia aprovada poderá ser modificada a qualquer momento, mediante justificativa técnica, devendo a Autorização de Coleta e Captura ser retificada sempre que as informações nela contidas forem alteradas.
37.0Deverá ser apresentado anexo digital editável do Relatório (.doc ou .docx) e dos dados brutos dos registros de todos os espécimes encontrados no estudo.
38.0Todos os dados secundários apresentados deverão ser referenciados.
39.0A autorização concedida na etapa de levantamento de fauna terá validade de até 12 meses, a partir da data de sua emissão, podendo ser renovada por igual período, por solicitação formal do interessado ao IBRAM-DF.
40.0A solicitação para concessão de autorização de captura, coleta e transporte de fauna silvestre deve ser formalizada e protocolada na COFAU/IBRAM-DF, para avaliação no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a aprovação do Plano de Trabalho.

41.0As renovações das autorizações emitidas somente serão atendidas quando solicitadas 30 (trinta) dias antes de expirar o prazo da autorização anterior.
42.0O Relatório de Levantamento de Fauna deverá ser entregue ao IBRAM-DF no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados depois de encerrado o prazo de validade da autorização.
43.0A critério técnico, o IBRAM-DF poderá requerer informações complementares de acordo com as características do empreendimento.
44.0A critério técnico, o IBRAM-DF poderá acompanhar a realização das campanhas em campo autorizadas, devendo o interessado manter o IBRAM-DF atualizado quanto a alterações das datas destas campanhas.
45.0Qualquer alteração no cronograma deve ser informada previamente ao IBRAM-DF com no
mínimo 15 (quinze) dias de antecedência do inicio das atividades de campo.
46.0A contagem dos prazos previstos ficará suspensa até a entrega das informações complementares ou de esclarecimentos que tenham sido formalmente solicitados ao requerente.
47.0O requerente deverá atender à solicitação de esclarecimentos e complementações de informações solicitadas pelo IBRAM-DF no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir do recebimento da respectiva notificação, sendo admitida prorrogação justificada.
48.0Em caso de descumprimento dos prazos estipulados nesse termo por parte do requerente, o processo será arquivado, sem prejuízos das sanções cabíveis.

Eu Isaac

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