Principais ideias apresentadas nos vídeos sobre Alfabetização e Letramento do CEEL/UFPE - Partes 1 e 2.


Vivemos numa sociedade letrada onde a escrita está presente a todo o momento. O conceito de letramento é amplo e seu uso prático vai além do conceito de alfabetização, sofrendo alterações ao longo do tempo. Ser letrado antigamente era a pessoa letrada, erudita; agora, é a prática social de uso da escrita. O conceito alfabetização já é o processo de apropriação do uso da escrita.
O vídeo nos mostra como a escrita está presente no nosso cotidiano e que há inúmeros recursos que podem ser utilizados no processo de alfabetização/letramento, como: texto de jornais, rótulos de produtos, lista de compra da mãe, propaganda política, papel distribuído na igreja e os que aparecem no cotidiano da criança, sendo estes fundamentais para pensar os contextos sociais que as crianças participam. As crianças que chegam com esses materiais se tornam mais motivadas a entender o que está escrito ali.
Por isso é necessário levar em consideração o conhecimento prévio das crianças, estas veem a mãe escrevendo em envelopes, cartas de promoção, mensagens de textos, copiando a receita da Ana Maria Braga, raramente lendo revistas ou jornais por exemplo. Não tem como falar de ambiente alfabetizador e letrador sem conhecer a cultura do outro.
É papel da Escola oportunizar a cultura de leitura. E o texto literário vem justamente para dar acesso ao aluno que tem pouco acesso. Todo acervo que a escola tiver por menor que ele seja é necessário que seja utilizado para a ampliação da experiência de leitura desses alunos. Por isso a importância de contar histórias no processo de alfabetização/letramento. Além do resgate da literatura de tradição oral, por exemplo, com crianças não alfabetizadas, pode-se trabalhar com as historias que elas próprias contam, transformando-a em texto depois.
De acordo com os PCNs para Alfabetização, o foco é trabalhar o texto através dos gêneros textuais. Um aspecto importante na hora de se trabalhar a alfabetização é que os exemplos estejam vinculados a situações problematizadoras que contemplem o que as crianças já sabem sobre o gênero proposto em atividade. Tem-se que conseguir valorar pra que serve aquele gênero e a escola tem que contextualiza-lo.
Por isso as práticas extraescolares tem que entrar com maior facilidade na sala de aula. O uso real da escrita deve ser significativo para a criança, do contrario essa funcionalidade da escrita não será apropriada. Os contextos sociais refletem diretamente na abordagem que o professor vai utilizar para se trabalhar alfabetização e letramento e vai interferir nas práticas e no perfil de aluno que o professor encontra. Não tem como impor para o aluno práticas letradas não significativas.
Fazer uma reflexão sobre em que contexto social a criança está inserida, em quais suportes circulam determinados gêneros, como se organiza, como funciona o sistema alfabético, refletir sobre nosso sistema de escrita, fazer a revisão do texto junto com a criança são práticas necessárias para o pleno desenvolvimento do letramento da mesma. Assim, entende-se que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que contempla, de maneira articulada e simultânea, a alfabetização e o letramento.

Eu Isaac

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