Na disciplina de Ensino de História: identidade e cidadania, foi apresentado a questão indígena no Brasil. É
importante nos perguntarmos antes de qualquer coisa de que indígena falamos e como falamos. A perspectiva aqui abordada é a da multiplicidade, pôs
colonialista. Mas não podemos esquecer que as estruturas hegemônicas do
pensamento colonialista ainda estão muito presentes em nossas vidas. Temos que
lançar mão da ideia de que nós não somos preconceituosos.
A cultura
européia ao longo da história sempre foi e ainda é colocada como superior às
culturas, sobretudo à cultura indígena. São criados estereótipos de índios como
sendo “o cara do penacho”, avesso a sociedade brasileira, que não consegue se
adaptar as normas. Ele é visto pela sociedade (salvo exceções) como o "preguiçoso", essa noção sobre o índio tem a ver com o pensamento Kista. E há também o
estereótipo do índio como o "bárbaro". E por conta disso torna-se difícil para
eles encontrar o seu lugar e terem os seus direitos respeitados. Mas os indígenas, embora árdua e paulatinamente, estão se descobrindo ao longo do processo de construção de uma sociedade mais humanizada, que respeita as diferenças, é o desvelar na formação.
Se
fizermos uma incursão na história, observaremos que os índios começaram a ser
educados, não para seu crescimento intelectual, mas como tentativa única de catequizar. Foi uma educação civilizatória. O
que foi um massacre cultural, pois foram forçados a se inserir numa nova
cultura. E mesmo tendo sempre lutado pelos seus
direitos, só há pouco tempo começamos a ver uma mudança nessa história.
A organização dos povos indígenas se dá através da família, laços de parentesco. A organização é de uma família grande, diferente das estruturas familiares que conhecemos. As escolas indígenas estão cada vez mais presentes nas aldeias, mas há quase nenhuma instituição de ensino superior, o que faz com que muitos indígenas deixem as suas aldeias para morar na cidade, à procura de aprimorar seus estudos e poder lutar mais efetivamente pelos direitos dos seus povos. são denominados índios urbanos, e atualmente cresce o número de indígenas na universidade. Estão aos poucos conquistando seu espaço
dentro da sociedade. Mas o indígena reconhecido como
cidadão não deve ser só aquele que está na cidade, mas também, e sobretudo,
aqueles que estão na tribo.
A língua
do indígena lhe confere a sua identidade. São vários tipos de língua. Algumas
das línguas indígenas faladas no Brasil são agrupadas, por sua semelhança, em
famílias e troncos linguísticos, revelando uma origem comum e uma
diversificação ocorrida ao longo do tempo.
Admite-se,
para o Brasil, a existência de dois grandes troncos linguísticos, o Tupi
(dividido em 10 famílias) e o Macro-Jê (dividido em 9 famílias), e de outras 20
famílias linguísticas não classificadas em troncos. Apenas nove línguas
indígenas têm acima de 5.000 falantes: guajajara, (sateré-)maué, xavante,
ianomâmi, terena, macuxi, caingangue, ticuna e guarani, estes últimos com 30.000
indivíduos. Cerca de 110 línguas contam com menos de 400 falantes. A língua
indígena mais falada atualmente no Brasil é a ticuna. Geocities.
É muito importante para nós, estudantes de pedagogia, futuros professores, que saibamos e conheçamos mais sobre o respeito à diversidade e a
perspectiva da cidadania. Devemos que nos ater a desconstrução do pensamento errôneo
que se tem sobre os povos indígenas, estes que são matriz na construção de toda a nação brasileira. Temos que saber também como faremos o "link" entre história e políticas públicas, ou seja, a relação demanda e oferta.
Embora
tenham tidos alguns movimentos indígenas no Brasil é a partir de da década de
70 que esses movimentos vão começar a interferir realmente na política
brasileira, trazendo mudanças, por exemplo, na constituição de 88. E somente
partir dos anos 90 decretos e resoluções voltados para a Educação indígena
começam a ser homologados. Hoje já temos alguns ganhos, por exemplo, os PCN's que abordam a questão indígena.
Eles lutam
pela terra, pois esta é muito mais que um pedaço de chão. A terra tem toda uma
simbologia para povos Indígenas. O "homem branco" usurpa a terra do indígena para
ter lucros, mas não raras vezes, os próprios indígenas estão vendendo terras indígenas, rompendo arbitrariamente com seus costumes e com a ideologia do seu povo.
Isaac, não existe 1 cultura européia porque a Europa é um continente com inúmeras culturas dentro de cada país. Tampouco existe 1 cultura indígena pois existem 305 povoS indígenaS no Brasil. Por último, quem é branco neste país, se somos todos mestiços, mesmo quando temos a cor da pele branca ou negra? No Brasil, ser negro não significa necessariamente participar em uma cultura ou uma tradição diferenciada. Fora da numericamente pequena população negra que mantém uma existência territorialmente distinta nas terras de Quilombo, pessoas com cor negra e branca co-participam em tradições de ambas as origens.
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