Começamos o nosso domingo no parque com uma conversa
descontraída sobre juventude periférica. No centro desse diálogo estava
Enderson Araújo, Soteropolitano, 21 anos, que nos falou sobre seu trabalho em
comunicação periférica na comunidade Sussuarana – Salvador-BA. Co-fundador da
Mídia Periférica, ele conta que a grande mídia é muito sensacionalista, pois
procura sempre mostrar só o que a favela tem de ruim, deixando completamente de
lado todas as tantas outras coisas boas.
Juventude Supernova dialogando com Enderson Araújo
Nesse diálogo pude perceber e refletir sobre: quão
parecidas são as nossas comunidades e as gentes que nela vivem, o surgimento
das favelas (esse “inchaço urbano”) e a forma superficial que o Governo
intervêm, construindo casas, mas, como ressalta Enderson, “são tão próximas
umas das outras, que estressa ainda mais a comunidade, pois não tem área de
lazer.”
Enderson diz que “muito dos jovens de Sussuarana não
tem uma perspectiva de vida, mas sim expectativa de morte.” Diz também que “o
jovem de comunidade precisa ser empreendedor; muitos já são, mas não sabem
disso.” É preciso que os jovens saibam, e dessa forma fortaleça a si e a sua
comunidade. Os jovens precisam compreender que qualquer pessoa pode se
mobilizar para trazer o controle social e reivindicar ações junto ao governo.
Então através dessas e de outras observações três
jovens, dentre eles o Enderson, começaram a agir. Criaram um veículo de
informação nas redes sociais e um jornal (este teve 03 edições de mil
exemplares) chamado mídia periférica, de forma a levar informação e assuntos de
interesse da comunidade. A “Mídia periférica” é uma espécie de portal para
mostrar o que é a favela. A ideia foi dando certo e eles começaram a ser
reconhecidos. Hoje, a Rede Globo e a CUFA são grandes parceiras. Esse ano eles
começaram o projeto “Diálogos da Juventude”, que é um plano para trazer as
pessoas para discutirem sobre diversos temas, sem dúvida um trabalho de
conscientização política.
A mídia periférica se sustenta totalmente do bolso
dos integrantes. Tudo é por meio de parceria. Uma verdadeira rede de
colaboração dentro da comunidade.
Uma das ideias que mais me chamou atenção foi a de
postar fotos da comunidade e expô-las aos moradores, para que percebam a beleza
do lugar, “E tudo isso virtualmente e com pouco recurso tecnológico”, ressalta
Enderson.
Valeu Enderson! A Supernova gostou bastante de
recebê-lo e como bem colocou Eduardo Nunes, integrante desse movimento, esse
intercambio periférico tem tudo pra render bons frutos.
O Júlio César, apresentador oficial do nosso evento,
lembrou que temos que pensar em um nome para esse Movimento aos domingos no
parque. Não pode se chamar domingo no parque, pois queremos ocupar o parque também em outros dias da semana.
by Nanah Farias
by Nanah Farias
by Mauro Silva
by Nanah Farias
By Nanah Farias
by Nanah Farias
by Nanah Farias
Após, eu cantei músicas e cantigas de roda e fiz
contação de história. É sempre muito divertido, afinal eu amo fazer isso e como
bem diz a Nanah Farias, eu nasci para ser pedagogo e trabalhar com crianças.
Foi muito gratificante poder cantar a música “fico assim sem você” com uma
ex-aluna, Larissa Raquel, que cantou afinadíssima e emocionou a plateia.
Larissa Raquel.
A galera da BIOON também estava presente e a
Chorella Gem e as Spirulinas, representada pelo Marcos Lana e a Lais Hipólito
subiram ao palco com voz, violão, Cajon e muita descontração. Mandaram um repertório
alternativo que passava por Mamonas Assassinas, Ventania, Tribalistas, O Rappa,
entre outros. Criou-se nesse momento aquele ambiente bom de lual. Só faltou
estar de noite, ter uma fogueirinha e um bom vinho.
Chorella Gem e as Spirulinas. Lais e Marcos
A Priscila Sena cantou os Parabéns para a Thais
Rodrigues. A Wizelany Marques e a Nanda Pimenta comandaram o pula-pula. A Chibi
Ahou fez desenhos nas crianças. O projeto “Aqui tem Brasil”, disponibilizou uma
cama elástica para a alegria não só da criançada. A Brinquedoteca Ludocriarte
levou gibis para serem distribuídos. A Priscila Sena, a Estela Sena e a Bia
cantaram belissimamente. Os fotógrafos, Cristiano Silva, Mauro Silva, Nanah
Farias, Ricardo Ziad, Edvair Ribeiro fizeram a festa e dispararam flashs para
todos os lados. A Hiperborea fez uma apresentação belíssima, criando uma
paisagem sonora de contos de fadas e transcendência espiritual. Contei a
história “A lenda da pedra acorrentada”. A SuperPowerNovaTrio composta por
Nilson Borges, devana babu, Chico Rosa, Emerson Barros, Gil Willian Anselmo,
Eduardo Nunes e Paulo Dagomé, mandou ver com um repertório pra roqueiro nenhum
botar defeito e ainda uma bonita homenagem ao nosso querido Chorão. Bati papo com o grande Edvair Ribeiro, com Ricardo Caldeira, Daniel Pereira e Paulo Dagomé sobre o trabalho que tenho desenvolvido na Faculdade de Educação sobre o Supernova e São Sebastião. Perdoem se
esqueci o nome de alguém. Mas meu agradecimento é a cada um que fez desse
evento um encontro de amizades sinceras.
Edvair Ribeiro et Isaac. by Nanah Farias
Superpowernovatrio. by Nanah Farias
Dagomé mandando Legião. by Nanah Farias
Chibi fazendo arte nas crianças. by Nanah Farias
Priscila, Estela, Bia e Júlia. by Nanah Farias
Hiperborea. by Mauro Silva
Homenagem superpowernovatrio a Chorão. by Nanah Farias
Ricardo Caldeira et me. By Nanah Farias
E esse é mais um encontro de domingo, regando a
cultural no parque ambiental, negando a obsolescência, ocupando, produzindo
vibrações positivas, transformando. Parabéns mais uma vez Supernova!
“A vida me ensinou a nunca desistir. Nem ganhar, nem
perder mas procurar evoluir.” Chorão.
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