Domingo no Parque 10/03 - SUPERNOVA

flyer de divulgação
Começamos o nosso domingo no parque com uma conversa descontraída sobre juventude periférica. No centro desse diálogo estava Enderson Araújo, Soteropolitano, 21 anos, que nos falou sobre seu trabalho em comunicação periférica na comunidade Sussuarana – Salvador-BA. Co-fundador da Mídia Periférica, ele conta que a grande mídia é muito sensacionalista, pois procura sempre mostrar só o que a favela tem de ruim, deixando completamente de lado todas as tantas outras coisas boas.
Juventude Supernova dialogando com Enderson Araújo

Nesse diálogo pude perceber e refletir sobre: quão parecidas são as nossas comunidades e as gentes que nela vivem, o surgimento das favelas (esse “inchaço urbano”) e a forma superficial que o Governo intervêm, construindo casas, mas, como ressalta Enderson, “são tão próximas umas das outras, que estressa ainda mais a comunidade, pois não tem área de lazer.”
Enderson diz que “muito dos jovens de Sussuarana não tem uma perspectiva de vida, mas sim expectativa de morte.” Diz também que “o jovem de comunidade precisa ser empreendedor; muitos já são, mas não sabem disso.” É preciso que os jovens saibam, e dessa forma fortaleça a si e a sua comunidade. Os jovens precisam compreender que qualquer pessoa pode se mobilizar para trazer o controle social e reivindicar ações junto ao governo.
Então através dessas e de outras observações três jovens, dentre eles o Enderson, começaram a agir. Criaram um veículo de informação nas redes sociais e um jornal (este teve 03 edições de mil exemplares) chamado mídia periférica, de forma a levar informação e assuntos de interesse da comunidade. A “Mídia periférica” é uma espécie de portal para mostrar o que é a favela. A ideia foi dando certo e eles começaram a ser reconhecidos. Hoje, a Rede Globo e a CUFA são grandes parceiras. Esse ano eles começaram o projeto “Diálogos da Juventude”, que é um plano para trazer as pessoas para discutirem sobre diversos temas, sem dúvida um trabalho de conscientização política.
A mídia periférica se sustenta totalmente do bolso dos integrantes. Tudo é por meio de parceria. Uma verdadeira rede de colaboração dentro da comunidade.
Uma das ideias que mais me chamou atenção foi a de postar fotos da comunidade e expô-las aos moradores, para que percebam a beleza do lugar, “E tudo isso virtualmente e com pouco recurso tecnológico”, ressalta Enderson.
Valeu Enderson! A Supernova gostou bastante de recebê-lo e como bem colocou Eduardo Nunes, integrante desse movimento, esse intercambio periférico tem tudo pra render bons frutos.
O Júlio César, apresentador oficial do nosso evento, lembrou que temos que pensar em um nome para esse Movimento aos domingos no parque. Não pode se chamar domingo no parque, pois queremos ocupar o parque também em outros dias da semana.
by Nanah Farias

by Nanah Farias

by Mauro Silva

by Nanah Farias

By Nanah Farias

by Nanah Farias

by Nanah Farias

Após, eu cantei músicas e cantigas de roda e fiz contação de história. É sempre muito divertido, afinal eu amo fazer isso e como bem diz a Nanah Farias, eu nasci para ser pedagogo e trabalhar com crianças. Foi muito gratificante poder cantar a música “fico assim sem você” com uma ex-aluna, Larissa Raquel, que cantou afinadíssima e emocionou a plateia.
Larissa Raquel. 

A galera da BIOON também estava presente e a Chorella Gem e as Spirulinas, representada pelo Marcos Lana e a Lais Hipólito subiram ao palco com voz, violão, Cajon e muita descontração. Mandaram um repertório alternativo que passava por Mamonas Assassinas, Ventania, Tribalistas, O Rappa, entre outros. Criou-se nesse momento aquele ambiente bom de lual. Só faltou estar de noite, ter uma fogueirinha e um bom vinho.
Chorella Gem e as Spirulinas. Lais e Marcos

A Priscila Sena cantou os Parabéns para a Thais Rodrigues. A Wizelany Marques e a Nanda Pimenta comandaram o pula-pula. A Chibi Ahou fez desenhos nas crianças. O projeto “Aqui tem Brasil”, disponibilizou uma cama elástica para a alegria não só da criançada. A Brinquedoteca Ludocriarte levou gibis para serem distribuídos. A Priscila Sena, a Estela Sena e a Bia cantaram belissimamente. Os fotógrafos, Cristiano Silva, Mauro Silva, Nanah Farias, Ricardo Ziad, Edvair Ribeiro fizeram a festa e dispararam flashs para todos os lados. A Hiperborea fez uma apresentação belíssima, criando uma paisagem sonora de contos de fadas e transcendência espiritual. Contei a história “A lenda da pedra acorrentada”. A SuperPowerNovaTrio composta por Nilson Borges, devana babu, Chico Rosa, Emerson Barros, Gil Willian Anselmo, Eduardo Nunes e Paulo Dagomé, mandou ver com um repertório pra roqueiro nenhum botar defeito e ainda uma bonita homenagem ao nosso querido Chorão. Bati papo com o grande Edvair Ribeiro, com Ricardo Caldeira, Daniel Pereira e Paulo Dagomé sobre o trabalho que tenho desenvolvido na Faculdade de Educação sobre o Supernova e São Sebastião. Perdoem se esqueci o nome de alguém. Mas meu agradecimento é a cada um que fez desse evento um encontro de amizades sinceras.
Edvair Ribeiro et Isaac. by Nanah Farias

Superpowernovatrio. by Nanah Farias

Dagomé mandando Legião. by Nanah Farias

Chibi fazendo arte nas crianças. by Nanah Farias

Priscila, Estela, Bia e Júlia. by Nanah Farias

Hiperborea. by Mauro Silva

Homenagem superpowernovatrio a Chorão. by Nanah Farias

Ricardo Caldeira et me. By Nanah Farias

E esse é mais um encontro de domingo, regando a cultural no parque ambiental, negando a obsolescência, ocupando, produzindo vibrações positivas, transformando. Parabéns mais uma vez Supernova!
“A vida me ensinou a nunca desistir. Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir.” Chorão.

Eu Isaac

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